Pequena esquina do mundo

O povo Maori, primeiro a povoar a Nova Zelândia, conta que o todo poderoso Maui com um anzol mágico pescou um imenso peixe. Sua cabeça é a ilha do norte, que visitamos. E o corpo, a ilha do sul.

Um país encantador. População pequena, muito mais ovelhas do que pessoas. Os habitantes se chamam carinhosamente de Kiwis. Não por causa da fruta, mas em homenagem a esse pássaro super fofinho:

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O Kiwi só existe por que está isolado na Nova Zelândia, onde não teve predadores até a colonização inglesa. Na seleção natural que ocorreu no resto do mundo não teria resistido por tanto tempo. Os ingleses trouxeram os ratos e outros roedores, que ameaçam do bichinho noturno. Mas os Kiwis trabalham para que ele sobreviva, e pelo que senti ao conversar com eles, vão conseguir. Fiquei muito feliz com a consciência ecológica dos jovens neo-zelandeses.

Último território ocupado pelo povo incrível que desbravou a Polinésia, a Nova Zelândia começou a ser conquistada pelo homem por volta do século 14. Os Maori são alegres, tatuam no corpo seus símbolos, cantam e dançam sua cultura. Tratam os visitantes com Manaakitanga, que quer dizer muito mais do que hospitalidade – desde antes da chegada dos europeus o povo Maori acredita que quem vem de fora deve ser recebido como um membro de honra da família.

Em 1642 um explorador holandês foi o primeiro estrangeiro a chegar ao país ocupado pelos polinésios. Em 1841 virou colônia britânica, e hoje ainda tem como chefe de estado a rainha Elizabeth II. O regime é parlamentarista e quem governa de fato é o Primeiro-Ministro. A maior cidade é a encantadora Auckland, linda, cercada de mar.

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Mas a maior parte da ilha do Norte – a região que visitamos -, é assim:

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De tirar o fôlego. Ilha vulcânica, faz parte do círculo de fogo do pacífico, como o Japão. Debaixo da terra, ferve. E já estão gerando energia renovável e limpa aproveitando o que a natureza lhes oferece. Passamos por essa usina, completamente auto-sustentável:

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Essa é Rotorua, cidadezinha imperdível:

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É o melhor lugar para conhecer a cultura Maori e também ver gêisers como esse no vídeo:

 

A Nova Zelândia se vende como o país mais longe das confusões que chacoalham o mundo. Ainda tem problemas a resolver, como a ameaça de extinção das poucas espécies nativas que ainda restam e a exclusão social do povo Maori. Mas senti que estão trabalhando duro para isso. Existe vontade, consciência, trabalho e amor ao país. Existe paz e desenvolvimento na pequena esquina do mundo.