Angkor

País que viveu uma quantidade impressionante de guerras civis nos últimos mil anos, o Camboja já teve muitas bandeiras. A atual estampa a silhueta do mais grandioso de seus milhares de templos, o maior monumento religioso do mundo.

Acordamos às 5 da manhã para ver no nascer do sol de um lugar privilegiado, disputado pela multidão de turistas.

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O Angkor Wat foi construído pelo rei Suryavarman II, durante o apogeu do império Khmer, entre 1113 e 1150. O templo ocupa uma área de 200 hectares, incluindo o fosso que o cerca. A área representa um microcosmo do universo Hindu. Suas três torres cercadas por galerias formam uma pirâmide e simbolizam o céu, morada dos deuses. A terra, lugar onde está o visitante, seria a morada do homem. O reflexo do templo na água representa o inferno.

Dentro do templo, imensas paredes esculpidas contam histórias de batalhas míticas e imagens do julgamento das almas segundo o hinduísmo. Quem não seguisse os preceitos da religião seria submetido a torturas terríveis depois da morte.

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O Angkor Wat é apenas o templo principal do complexo. Visitamos outros quatro, e o que mais me impressionou foi o Bayon, construído entre os séculos 12 e 13. Acho que eu nunca mais vou esquecer a expressão serena dos gigantes rostos de pedra.

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O Bayon, assim como outros templos do complexo, abriga símbolos e histórias do Hinduísmo e do Budismo, religiões que convivem até hoje no Camboja mas que durante muito tempo disputaram o poder na região. As duas religiões migraram da Índia para o Sudeste Asiático. A prosperidade dos indianos na época era relacionada pelo povo Khmer a uma proteção divina. Hinduísmo e Budismo se juntaram ao paganismo local, em um sincretismo religioso que ainda perdura.