Uma campanha para eleger a figura mais popular da escola dos meus filhos daria John Kolosowski na cabeça. Sua função: bibliotecário.
Fiz uma entrevista com ele para publicar no blog, e me chamou atenção que ele usou muito mais o verbo “escutar” do que “ler” em seu depoimento. Isso se soma ao que escrevi no post anterior, sobre a importância de criarmos leitores que entendam e saibam explicar o que leram.
“A arte de encorajar estudantes a ler e recontar as histórias vem da nossa capacidade de escutá-los ativamente. Os alunos amam contar para os outros as histórias que leram, e eles sabem se você os está escutando de verdade ou não. Fazer as perguntas apropriadas no momento certo é muito importante. Escutar o que cada criança tem a dizer leva tempo, mas vale a pena. Se eles sabem que as estamos escutando, que estamos interessados e que vamos continuar escutando, eles vão também persistir na leitura, querendo sempre voltar a nós com mais histórias”.
John se formou em Educação na Universidade Católica da Austrália e foi professor primário por 10 anos. Se apaixonou pelo poder que os livros podem ter sobre as crianças e mudou a direção da carreira, fazendo Mestrado em Biblioteca e Literatura Infantil. Depois de 15 anos no Japão, vai se mudar no meio do ano. Outra biblioteca de escola terá o privilégio de aplicar suas ideias e com certeza muitos outros pequenos leitores apaixonados surgirão.
Aproveito para mostrar a vocês mais um pouco do trabalho genial desse bibliotecário. Como acontece com tudo que escrevo aqui no blog, sempre com a esperança de ter alguma influência positiva em meu Brasil…
Os pais são convidados a participar da biblioteca, adotando uma prateleira. Passo lá uma vez por semana para colocar em ordem os livros da minha:
Fotos dos alunos com frases em sua língua natal e até da diretora promovendo um livro ajudam a enfeitar o espaço. E tem também um cartaz com diversas traduções da palavrinha mágica:
Encerro o post com mais uma frase de John Kolosowski:
“Ler é um remédio, uma cura e uma ferramenta para fazer do mundo um lugar melhor”.
Sem dúvida, nós somos contadores de história e as crianças, mais ainda! Quem não tem um caso pra contar?! Este bibliotecário revelou uma boa forma de valorizar a contação de histórias!
seus filhos estão recebendo um presente que eles ainda não podem se dar conta.
Excelente trabalho Taiga. Quando a criança cresce incentivada pela leitura,ela vai para a escola com um olhar mais apurado para esta experiência única, onde ela vai passar os anos, se não mais importantes, mais determinantes de sua vida. Parabéns!
Pôxa, gostaria de trabalhar ao lado de um bibliotecário desses!!! Dá gosto ver alguém com paixão e respeito pelo que faz. Obrigada mais uma vez por trazer à luz de todos, esse ambiente maravilhoso que é a biblioteca escolar. Bjs