Única província de maioria hindu na Indonésia, Bali tem muitos templos, muita arte, praias, simpatia e sorrisos. Passei um dia lá e rodei parte de uma das ilhas com o motorista de táxi/guia Nyoman, nome super comum no país.
O roteiro básico para uma mulher sozinha passa, é claro, pela fábrica de batik, técnica de pintura de tecidos aplicada em roupas, echarpes, capas de almofada e quadros. O processo é longo, e é praticado com dedicação e cuidado pelos artesãos locais, que fazem os desenhos nos tecidos, cobrem as linhas com uma cera especial e pintam várias camadas de cores:
Além dos tecidos, Bali é um centro de vendas de móveis e esculturas em madeira e quadros. Muitas obras são produzidas em outras regiões da Indonésia, como Java ou Sumatra, mas recebem o selo “made in Bali” – já virou grife…
Visitei o templo Pura Batuan, construído no século XI. O deus supremo do Hinduísmo balinês se chama Acyntia – o que não tem limites – e é retratado sempre no topo das esculturas:
Meu guia me explicou o significado das duas portas do templo. A primeira, que o visitante vê antes de entrar em um jardim, está separada, representando o coração dividido. Ao passar pelo primeiro portal, a pessoa deve se acalmar, “unificar” o coração, se harmonizar. Só depois disso está pronta para contornar o segundo portal e entrar no santuário.
São muitas as divindades representadas nas diversas esculturas e altares em um estilo bem diferente do budismo austero que tenho encontrado em outros lugares da Ásia.
Os hindus acreditam no poder do Karma, a lei que diz que tudo o que se faz se recebe de volta. Meu guia me explicou que essa volta pode ser na semana seguinte, anos depois ou em outra vida, mas deixou claro que para eles, nenhuma ação negativa fica impune. Nyoman justifica o clima pacífico de Bali a essa lei. No resto da Indonésia, de acordo com ele, a situação é bem diferente. Assaltos, insegurança, corrupção dos políticos… Tenho encontrado tantas semelhanças entre alguns países do sudeste asiático e o Brasil…
Para encerrar este post, a foto da linda plantação de arroz, vista privilegiada da minha mesa no restaurante em que almocei. A refeição custou pouco mais de 10 dólares…
que lugar lindo, Conhecer outros lugares, outras culturas, modos tão diferentes de viver . Muito enriquecedor.