A turma do meu filho na escola passou os últimos dois meses aprendendo sobre trabalho infantil. Os detalhes do programa de ensino eu expliquei no meu post Não é justo. Mas tenho que falar um pouco mais sobre o que as crianças viveram nesse período. Eles são meninos e meninas que vem dos EUA, Paquistão, Coreia do Sul, Suécia, Finlândia, Austrália, Índia e muitos outros países, o que já permite que tenham uma percepção bem mais ampla da realidade do que quem estuda em uma turma de só uma nacionalidade. Mas isso não basta. Eles são privilegiados, e muitas crianças não são. Como eu já escrevi antes aqui no blog, não temos que educar nossos filhos somente para que eles sejam felizes no futuro. Eles devem se tornar adultos que contribuam para uma sociedade melhor.
Nessa foto, meu filho carregou um tonel de 15 litros de água por uma distância de 50 metros. Ficou cansado, sentiu na pele uma fração mínima do que sentem milhões de pessoas que não têm água encanada em casa. Eles aprenderam que nos Estados Unidos e no Japão, cada pessoa usa uma média de 300 litros de água por dia. Fazendo os cálculos, os alunos estudaram matemática e também se deram conta do quanto a água é desperdiçada por quem tem muito.
Outro dia meu filho trouxe o seguinte dever de casa: assistir ao vídeo abaixo e escrever um texto dizendo como ele se sentia depois de conhecer essa história e como seria se ele fosse uma criança obrigada a trabalhar.
http://media.brisbanetimes.com.au/news/world-news/footballs-secret-shame-3655658.html
A tecnologia é utilizada como ferramenta para que os alunos se aprofundem ainda mais no tema. Por que aprender não pode ser divertido? Se quiserem experimentar, cliquem no link:
http://ayiti.globalkids.org/game/
